segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ração

O senhorzinho me paga a ração e me conta uma história.
(e ele já começa rindo, o que me prepara para qual reação devo ter, kkkk)
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"Fui comprar ração em uma outra mercearia. A ração era pra filhote, igual essa aqui. A mulher pegou e disse pra mim: Leva dessa outra aqui pra você provar. 'Quem vai provar é o cachorro, não sou eu"

E riu-se.
Ri também.
Essa é uma daquelas conversas senis inocentes.


sábado, 13 de setembro de 2014

Capitalismo

2 pacotes de açúcar - 2,75 x 2 = R$5,50
Ele me dá R$ 5.
Falo meu cálculo.
Ele me corrige e diz:
- Lá na prateleira tá R$ 2.
Me desculpo pelo erro. Me confundi, porque ainda não estou habituada com os preços.
Sério, ele retruca:
-R$ 2 reais eu já to achando caro, imagina R$ 2,75.
Eu sorrio, entrego o troco e digo: Aí você vai comprar onde você achar barato.
Ele se assusta.
- Atendimento não pode ser assim. Eu sempre compro aqui no mercado... 
- (ainda sorrindo) Eu só estou te dizendo que você tem opções! 

Eis o capitalismo, você não é obrigado a comprar e tem liberdade de escolha, com um mercado em cada esquina. 

Você não reclama quando vai à uma loja grande. Você não entende de inflação ou da economia do seu país. E provavelmente, não tem noção de preço. Então não use do seu estado de cliente para tentar humilhar fazendo comentários com postura arrogante.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Azar


Uma senhora veio buscando um tipo de biscoito. Ela foi na prateleira e checou. Não achando, voltou ao caixa e comentando que foi ao local usual e não encontrou o que desejava. O funcionário, no tom agradável, sorri e se desculpa dizendo:
- Ah, você deu azar! Ele acabou hoje cedo!
A senhora ficou muito brava. Muito brava. Mas não pelo biscoito e responde:
- Eu não dei azar! Quem dá azar é o CÃO. Eu sou uma pessoa de Deus!
O menino, atônito, tenta explicar que ele não dizia que ela era a fonte do azar do mundo... mas ela continuou balbuciando e reclamando.
Ela se foi. (brava)
E não me desculpei por ele, porque cada pessoa interpreta o mundo a partir da sua perspectiva de mundo, por isso vamos ser compreensivos e imaginar que a atitude dela foi a de rejeitar uma palavra que achou que profetizava uma maldição em sua vida.
Uma pena. Ela rejeitou também o melhor bom-humor que o menino tinha para oferecer em um atendimento.